Os 5 movimentos de moda que tens de conhecer
Moda

16 Setembro 2021

Os 5 movimentos de moda que tens de conhecer

Os 5 movimentos de moda que tens de conhecer



Que as redes sociais vieram mudar as nossas vidas, já todos sabíamos. No entanto, não podíamos imaginar as mudanças que iam acontecer com a pandemia e os confinamentos. Apesar da moda ser cíclica, no último ano e meio vimos ressurgir tendências vindas dos anos 90 e do virar do milénio.


Onde antigamente nos desligávamos da realidade, agora encontramos a conexão com a natureza. Onde antes nos isolávamos, agora partilhamos uma rede internacional gratuita e de utilização fácil. O mundo está a mudar e os designer também vêm isso. As novas coleções das grandes casas de moda refletem esta mudança, sendo que a sustentabilidade e o conforto estão a ganhar cada vez mais espaço.


Agora, depois de meses fechado em casa, talvez prefiras investir num armário mais duradouro e que possas usar tanto no trabalho ou na escola, como numa saída com os teus amigos. Para te ajudar a perceber o que deves comprar ou como podes mudar a maneira como vês o teu guarda-roupa, vamos falar-te de 5 movimentos de moda que estão por todo o lado atualmente: o Cottagecore, o Dark Academia, o Y2K, o Ath-Flow e o Power Dressing. A maior parte destes movimentos não são novos, mas através das redes sociais, em especial do Tik Tok, tomaram conta do mundo.


 


Cottagecore



Cottagecore



O Cottagecore é uma estética que se centra na natureza, na realidade rural, no feito à mão e na simplicidade. Quem é que durante a pandemia não fez ou ouviu falar de alguém que fez pão? Ora bem, isso entra dentro desta estética. A vontade de fazer coisas com as nossas próprias mãos, o desejo de estar em contato com a natureza e o gosto por roupas confortáveis vão ao encontro do Cottagecore. Para teres uma noção, entre março e maio do ano passado, a procura por conteúdo relacionado com este movimento aumentou 150%.


Segundo o The New Yorker, esta estética evoca a calma e o romantismo. Aqui entra também o papel da nostalgia e a associação do campo a situações mais calmas e simples. Jogos como o Animal Crossing ou o The Sims sofreram um aumento de vendas e a artistas foram contagiados com o estilo, tal como Taylor Swift em Folklore.


Como forma de escape à nossa realidade, esta estética traduz-se em mangas bufantes, saias longas, vestidos delicados e camisolas com padrões florais ou estampas naturais. Uma aposta do estilo é também os lenços na cabeça, os chapéus de palha e os acessórios mais naturais. Jardineiras, calças de ganga e camisolas de malha entram dentro do leque do Cottagecore.

 



Dark Academia



Dark Academy



Ao longo deste post vais perceber que não há limites bem definidos entre estéticas. Peças que dão para um estilo, dão para outros. É o que acontece com as malhas, que acabamos de referir no Cottagecore. As malhas também se encaixam com o estilo Dark Academia. Esta estética idolatra e torna atraente o ensino superior, o conhecimento académico, a literatura clássica e as artes. É um movimento romântico e obscuro.


Pensa em Harry Potter, em O clube dos poetas mortos, em Edgar Allen Poe e em Dr. Martens. É dentro dessa estética que a geração Z vai buscar inspiração para os seus looks Dark Academia. Vai beber à moda estudantil dos anos 30 e 40, em especial das universidades de elite como Oxford e Cambridge. Para além disso, esta estética tem o misticismo das sociedades secretas, dos cultos, dos mistérios, do perigoso e da criminalidade. Tal como o nome indica, é um estilo académico mais sombrio.


Na prática, esta subcultura é cheia de cardigãs, blazers, camisolas com colarinho, gabardinas, saias xadrez, roupa de alfaiataria e sapatos clássicos. Nos acessórios, as mochilas, os óculos, as gravatas, os relógios, os guarda chuvas e as meias até ao joelho estão em destaque. A palete de cores ronda os pretos, sendo que os tons terra, os azuis escuros e os verdes tropa também são frequentes. É comum encontrar o padrão tweed, ao passo que é raro ver peças de ganga neste estilo. A Fred Perry é um bom exemplo para o Dark Academia.



 

Y2K


Y2K



Talvez o nome te dê alguma pista desta estética, mas para o caso de isso não acontecer: o Y2K vai buscar influência à cultura popular dos anos entre 1995 e 2004. Esta estética é muito futurista e tecnológica, dado ao otimismo que se vivia na época com a viragem do milénio. Bons exemplos deste movimento são as bonecas Bratz, que surgiram em 2001, e os filmes Matrix e Mean Girls.


Fatos de treino em veludo, calças de couro, saias curtas plissadas, crop tops, jeans largas, materiais brilhantes e cheios de cor e calçado com plataforma chunky são algumas das tendências que regressaram com o estilo Y2K. Aqui a ganga é rainha e looks total denim são mais do que bem-vindos. Tal como acontece com as transparências. Já em acessórios, as bolsas baguete, os óculos de sol coloridos, as bandanas e os anéis de acrílico têm destaque.


É interessante perceber que o Tik Tok teve um papel importantíssimo na disseminação deste estilo. Tanto que a própria estética inspirou artistas como as cantoras Olivia Rodrigo e Ariana Grande. Ao mesmo tempo, é também curioso perceber que agora que este estilo está em alta vai sair um novo filme do Matrix. Coincidência?

 



ATH-Flow



ATH-Flow



Até agora os movimentos mencionados foram ditados pelas redes sociais. Neste caso, o ATH-Flow foi gerado pela pandemia. O nome vem de athleisure flow e, no fundo, significa confortável, mas com estilo. O ATH-Flow surgiu com o teletrabalho. Esta estética mistura roupa desportiva com clássica, na tentativa de uniformizar o profissional e o caseiro.


Agora que a vida começa a voltar ao normal e que já saímos de casa, vamos querer voltar ao que vestíamos antes ou vamos preferir manter o conforto? A resposta dos especialistas aponta para o conforto e isso pode ver-se nas passerelles. As calças fluídas e as peças oversize, misturadas com roupa de desporto e conjuntos de ficar por casa mais elegantes são peças comuns, tal como mostrou Yves Saint Laurent no desfile de verão deste ano.


Do mesmo modo, a inclusão de peças mais descontraídas como sweaters em look mais elegantes também são características deste estilo. A ideia é ser chique e estar confortável ao mesmo tempo. Imagina um fato de treino e um sobretudo clássico ou uma camisa, um blazer e uns biker shorts. Vai até onde a imaginação te levar. Os saltos altos podem ser incluídos nesta estética, mas normalmente são substituídos por calçado raso ou sapatilhas.



 

Power dressing



Power Dressing



Este é o último movimento e o mais subjetivo de todo. É, tal como diz o nome, sobre vestires-te com roupa que te faz sentir poderoso e confiante. Esta estética surgiu nos anos 80, numa altura em que as mulheres queriam reclamar poder no mercado de trabalho. Para isso, começaram a vestir-se de fato, tal como os homens. Contudo, apesar do conceito ser o mesmo, este estilo já não se prende apenas a roupa de alfaiataria.


O Power dressing é a prova de que a nossa roupa e o nosso estilo estão interligados com a forma como somos vistos no mundo. A forma como te sentes vai transparecer para os outros. É por isso que peças mais clássicas e poderosas te vão fazer destacar. Continuam os blazers, as camisolas de gola alta e os ombros marcados, mas as longas saias agora são acompanhadas por sapatilhas. A ganga ganha espaço no mundo de trabalho, juntando descontração a um look que antes era demasiado sério e carregado.


Atualmente, tanto homens como mulheres têm de lutar pelo seu lugar, sendo que este estilo, tal como todos os outros, se aplica aos dois. Aqui não há peças específicas, mas sim sensações. Pesquisa, experimenta e descobre o que funciona para ti.


 


Neste post só te falamos de conceitos. Agora cabe-te a ti perceberes onde te encaixas ou com quais te identificas mais e começares a montar o teu armário. Temos peças que se adequam a todos os movimentos. Se, por acaso, quiseres ver uma proposta de cada estilo, deixa-nos um comentário. Até lá, perde-te no nosso site!

 




BZR- Street Style Culture


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